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Súplica à Rainha do Santo Rosário

Súplica à Rainha do Santo Rosário

Nossa Senhora do Rosário de Pompéia (Itália)
Esta bela oração encerra a Carta Apostólica sobre o Santo Rosário enviada por Sua Santidade o Papa João Paulo II:

Súplica à Rainha do Santo Rosário
Ó Rosário bendito de Maria, doce cadeia que nos prende a Deus, vínculo de amor que nos une aos Anjos, torre de salvação contra os assaltos do inferno, porto seguro no naufrágio geral, não te deixaremos nunca mais. Serás o nosso conforto na hora da agonia. Seja para ti o último beijo da vida que se apaga. E a última palavra dos nossos lábios há-de ser o vosso nome suave, ó Rainha do Rosário de Pompeia, ó nossa Mãe querida, ó Refúgio dos pecadores, ó Soberana consoladora dos tristes. Sede bendita em todo o lado, hoje e sempre, na terra e no céu ».
O Autor desta inspirada oração é o Beato Bartolmeu Longo, que construiu a Igreja de Nossa Senhora do Rosário em Pompeia.
Eis sua história

Bartolomeu Longo Nasceu em Iatino (Itália) em 1841, filho de um médico, recebeu educação crista e aprendeu a rezar e amar o rosário. Estudou Direito em Nápoles, onde se deixou contaminar pelo espírito anticlerical e antirreligioso da época. Ingressou aos 20 anos no movimento revolucionário de Garibaldi, Cavour e Vitor Emanuel, destinado a levar a cabo a unificação italiana, com a eliminação dos Estados Pontifícios e a supressão do poder temporal dos Papas.
No entanto, um de seus professores, deixou-se impressionar pelas qualidades naturais daquele jovem, vendo nele, talvez, a possibilidade de reabraçar o catolicismo. Encaminhou-o a um frade dominicano, sob cuja influência Bartolomeu reencontrou a fé, ingressando na Ordem Terceira Dominicana.
Bartolomeu conheceu a condessa Marianna Farnararo, viúva, de muita fé, que o contratou como administrador de seu patrimônio.
Em outubro de 1872, o jovem dirigiu-se ao vale de Pompéia, onde a condessa possuía terras. Aí encontrou muitos que trabalhavam nas escavações, afastados de qualquer experiência de fé. Uma voz interior lhe murmurou: ‘Propague o Rosário’. Bartolomeu tornou-se catequista e apóstolo daqueles operários, incentivando-os a entrar na Confraria do Rosário.
Bartolomeu começou a procurar uma imagem de Nossa Senhora do Rosário para a igreja paroquial. Certo dia uma religiosa, que soubera do que necessitavam, apresentou ao advogado uma pintura da invocação desejada, mas em péssimo estado. A condessa não se entusiasmou com a imagem ao vê-la tão danificada. Mas, à falta de melhor, a estampa, enrolada num tecido ordinário, foi colocada sobre uma carroça carregada de lixo que se dirigia a Pompéia. O Bispo de Nola, do qual dependia a região, decidiu construir uma igreja mais próxima do local. Com o dinheiro arrecadado para iniciar a obram mandaram restaurar e enquadrar a tela da Virgem do Rosário, expondo-a pela primeira vez à veneração pública no dia 13 de fevereiro de 1876, Desse dia até o 19 de março seguinte oito grandes milagres realizaram-se diante da modesta estampa. Os milagres tiveram ampla repercussão em toda a Itália. Bartolomeu era um homem de visão. Por isso viajou pela Europa pedindo donativos não só para o novo santuário, mas para outras obras que planejava. Em 1884 fundou um periódico chamado ‘O Rosário e a nova Pompéia’, para o qual montou uma tipografia em que empregou crianças pobres da cidade, Criou um orfanato para os filhos e depois para as filhas dos encarcerados. Para a formação destas, fundou a congregação das Filhas do Santo Rosário da Ordem Terceira Dominicana.
A devoção à Senhora do Rosário cresceu tanto que, em 1887, recebeu a honra da coroação solene. A nova igreja foi consagrada em 1891 com o título de Rainha das Vitórias e, em 1901, foi elevada à condição de Basílica.
O Beato Bartolomeu Longo morreu dia 5 de outubro de 1926. Em 26 de outubro de 1980 João Paulo II o proclamou Beato.