Uma das novidades do Vaticano II é caráter trinitário da sua eclesiologia: ‘O Eterno Pai, pelo libérrimo e insondável designo da Sua sabedoria e bondade, criou o universo, decidiu elevar os homens à participação da vida divina e não os abandonou uma vez caído em Adão.
Antes em atenção a Cristo Redentor, sempre lhes concedeu os auxílios para se salvarem.
Aos eleitos, o Pai, antes de todos os séculos os discerniu e predestinou para produzirem a imagem de Seu Filho, “a fim de que ele seja o primogênito de uma multidão de irmãos” (Rom 8,29). E aos que crêem em Cristo decidiu chamá-los à Santa Igreja, a qual, prefigurada já desde o início do mundo e admiravelmente preparada na histórico do povo de Israel e na Antiga Aliança, foi constituída no fim dos tempos e manifestada pela efusão do Espírito, e será gloriosamente consumada no fim dos séculos.Então, como se lê nos Santos Padres, todos os justos depois de Adão, ‘desde o justo Abel até ao último eleito’, se reunirão em Igreja Universal junto ao Pai ( II Concílio do Vaticano Lumen Gentium, número 2).
Diz-se e cremos que com razão, que as grandes afirmações doutrinais deste concílio são, mais do que em qualquer outro concílio ecumênico, resultado de um longo amadurecimento no seio da comunidade crente; comunidade que não coincide de modo nenhum com as correntes de opinião, sempre dependentes de outros fatores e que foram exatamente as que menos compreenderam este concílio.