O Papa continuou hoje a expor o seu programa para a Quaresma, convidando todos os fiéis a viver este tempo de preparação para a Páscoa como uma oportunidade de mudança radical, no seguimento de Jesus.
“A Quaresma constitui um tempo favorável para uma atenta revisão de vida, no recolhimento, na oração e na penitência”, disse, dirigindo-se aos fiéis reunidos na Praça de São Pedro, para a recitação do Ângelus, Bento XVI lembrou que o próprio Jesus se retirou 40 dias para o deserto, num “combate contra o espírito do mal”, algo que os católicos repetem ao “entrar espiritualmente no deserto quaresmal”, que se iniciou na passada quarta-feira.
Sobre a imagem do deserto, “metáfora da condição humana”, o Papa apresentou uma reflexão sobre a escolha que se coloca perante cada pessoa, que tem diante de si os caminhos do bem e do mal. “Para realizar em pleno a vida na liberdade é preciso superar a prova que a própria liberdade comporta, ou seja, a tentação”, alertou.“Apenas quando se liberta da escravidão da mentira e do pecado, a pessoa humana, graças à obediência da fé que a abre à verdade, encontra o pleno sentido da sua existência e chega à paz, ao amor e à alegria”, apontou ainda.