O resto brota daqui, num esforço permanente de conversão,procurando tomar cada vez mais a sério o amor de Deus, vivendo em graça, alimentando a vida teológica com a oração e os sacramentos.
E destes, aqueles que nos põem mais em contato com o mistério do pecado e da misericórdia divina, no interior da igreja: a Eucaristia e a Reconciliação.
Uma peregrinação a Fátima, para ter sentido, não pode limitar-se à dinâmica tradicional das romarias, porque Maria não veio a Cova da Iria apenas para ter mais um santuário, ainda que, como se nos conta no relato da aparição de Outubro, tenha pedido ali a construção de um templo.
É absolutamente necessário recuperar o sentido bíblico da peregrinação, se não queremos esvaziar de todo o seu significado a mensagem de Fátima, no que ela tem de mais específico, que é o convite ao regresso dos homens a Deus, aos valores espirituais, à travessia do deserto, para chegaram do Egito à Terra Prometida.
Isto implica uma catequese renovada das promessas e das penitencias, que certamente, na sua grande maioria, pelo menos, a Senhora não rejeita, mas quer que façamos com outro espírito, por outros motivos.
Rezar o terço todos os dias, comungar e confessar-se nos primeiros sábados, celebrar com fé e entusiasmo os aniversários das aparições, para ser digno de Fátima, terá de corresponder ao núcleo central da sua mensagem, aprendizagem permanente dos caminhos de intensificação da vida teologal.
Adoração e reparação à Santíssima Trindade, que, na perspectiva do último concílio ecumênico, se reflete na Igreja, cujo mistério temos de tornar vida no nosso caminhar terreno.
Fala-se hoje muito, pensamos que com o desejo de fazer eco às palavras e a preocupação do Papa, na nova evangelização do mundo, que nunca estará completa, mas de modo muito especial re-evangelização da Europa, que mantém enormes responsabilidades sobre os outros continentes.