No escuro desta noite há uma luz latente.
Nas trevas, por mais densas que pareçam, arde um fogo que não se consome.
Nesta noite de vigília, no aguardo seguro da Ressurreição, nossa fé guia nossos passos à procura do Ressuscitado, porque nele está todo o significado último de cada respiro, de todo pulsar de cada vida humana.
Por causa de seu sacrifício, por causa de seu nome, bendito para sempre, por causa de sua paixão e morte na cruz, podemos afirmar nossa fé na vida.
Sim, nós cremos.
Cremos em toda manifestação de vida, desde aquela que se forma no ventre das mães até aquela que parece muda e sem mais sentindo, porque Cristo é o senhor da vida.
Cremos no trabalho das mãos de todos os homens e de todas as mulheres, que dão forma ao barro, que plantam e colhem, que lavam, que curam, que conduzem o bisturi, o microscópio e o giz que operam as máquinas, os computadores e as câmeras, que criam arte, que constroem as casas e as pontes, que bordam, que pescam, que fazem o pão, que salvam vidas…