É bem verdade que eles estavam desconfiando de alguma coisa.
Havia algum tempo que Jesus lhe falava de voltar para o Pai; havia algum tempo que Ele parecia provocar as autoridades em relação à Lei que não ignorava, não desprezava, mas preenchia com misericórdia.
Havia algum tempo que tudo parecia por um fio. Um fio que, mais do que claro, ligava os homens a uma nova realidade na relação com Deus, com a vida, com os outros. Mas parecia também que a vida de Jesus estava por um fio. Ainda mais depois daquela entrada triunfante em Jerusalém, depois dos hosanas e dos gritos que o aclamavam bendito.
É bem verdade que eles estavam desconfiando de alguma coisa, mas daquilo, não.
Jesus sempre os surpreendia, mas daquela forma… não esperavam. Mesmo depois daqueles três anos de intimidade e convívio, eles ainda não o conheciam profundamente e, naquela última refeição, Ele os surpreendeu outra vez. Não seria a última e o Espírito precisaria descer plenamente sobre eles, para que entendessem tudo ou, ao menos, um pouco.